A graça de Deus  (Parte 2)

Há um convite maravilhoso, o mais honroso que possamos  receber, que é o de chegarmos ao lugar onde podemos receber as  benesses da graça divina. O convite para nós, está registrado em  Hebreus 4.16, que afirma: “Acheguemo-nos, portanto,  confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos  misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna”.  Para Israel esse trono, de onde toda a graça procede, era também, reconhecido como o ”trono da misericórdia”. Como nós estamos na  Nova Aliança, podemos chegar ousadamente a esse trono de Deus,  mediante a obra que Jesus fez por nós, e pela presença do Espírito  Santo que nos acompanha sempre, e intercede por nós diante de  Deus! Com esses recursos nós podemos chegar ao trono da graça  diariamente, em qualquer hora do dia, ou da noite. Estar diante do  trono da graça, é um ato que provavelmente pode trazer receio à muitas pessoas, entretanto, é preciso notar que é desse trono que os  favores, e as diversas graças gratuitas de Deus, são distribuídos a cada um de nós! Estando nesse lugar santo, logo nós reconheceremos que estamos presente no local do qual partem para  nós, aqui no mundo, os valores mais significativos que só a graça  divina faz chegar até nós. 

Mas, há alguns requisitos para podermos chegar ao trono da  graça, eles são: o 1º requisito: ACATAR o convite para que nos  acheguemos até o trono eterno. 2º requisito: RECONHECIMENTO, de que esse lugar é santo, pois é nele que teremos um encontro real  com Deus que é verdadeiramente: Santo, Santo, Santo! Diante do  trono, estaremos na presença do Reis dos reis e Senhor dos  senhores, e que é soberano sobre tudo e sobre todos. Ele merece  toda a nossa consideração e respeito. 3º. requisito: TER PLENA  CONCIÊNCIA de que foi o sangue redentor de Cristo, que tornou  possível a nós, estarmos presentes nesse lugar. 4º requisito:  OUSADIA para nos aproximar, conscientemente, da grandeza desse  trono. 5º requisito: CLAMOR a Deus por misericórdia e graça que  necessitamos. 6º. requisito: FERVOR E SERIEDADE na apresentação das nossas necessidades. 7º requisito: FÉ, na resposta que virá de Deus! Não esqueçamos que o texto bíblico, usando o modo  afirmativo, nos adverte que precisamos entrar, com fé neste santo  lugar, pois é nele que ocorre uma combinação muito especial: a da  misericórdia com a graça, ambas divinas. Qual é o objetivo dessa  união da graça com a misericórdia? O texto responde: “a fim de  recebermos misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião  oportuna” (Hebreus 4.16). 

Pode alguém perguntar: “o que é misericórdia“? Diremos: É uma  graça de Deus que, além de muitas outras ações divinas, é ela que nos proporciona o perdão dos nossos pecados. Sem a misericórdia da divina graça, ninguém poderá ser cidadão do Reino Eterno.  Somente ela, a graça divina, pode fazer isso. O termo “graça” pode, também, ser usado para expressar o poder de Deus operando em  nós, seus filhos! O apóstolo Paulo, certa vez, necessitou do socorro  de Deus: pois, lhe foi posto um espinho na carne e ele pediu, por três  vezes a Deus, que o retirasse dele; Deus lhe respondeu: “A minha  graça te basta; porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza” (II  Coríntios 12.9). Por curiosidade perguntamos: Que espinho é esse? A  resposta dada por Paulo foi: “De boa vontade, pois, mais me gloriarei  nas fraquezas, para que sobre mim repouse “o poder de Cristo“. Muitas vezes Deus nos dá espinhos à nossa carne, e ele nos faz  sofrer, a fim de que nós não nos exaltemos, ou nos vangloriemos em  Sua presença. Outras vezes nós precisamos receber um espinho pela ingratidão que está em nossa carne, quando desvalorizamos a graça  de Deus que dia após dia, supre as nossas necessidades! Lembremo-nos de que a preciosa “graça de Deus” pode ser, também, uma  determinada unção que necessitamos receber, de imediato, do  nosso Pai celeste, para resolver os nossos problemas. 

Em Atos dos Apóstolos, no capítulo 15, versículo 40, é narrada a  viagem que o apóstolo Paulo faria, junto com Silas, o seu  companheiro de viagem, à Síria e à Cilícia, para confirmar às igrejas.  O texto informa que ele “partiu recomendando aos irmãos a graça  do Senhor”. O desejo de Paulo era que eles ficassem bem seguros  nas mãos de Deus. Essa é uma aplicação diferente para a palavra  “graça“. Mas, Paulo sabia, perfeitamente, que ele necessitava fortalecer os crentes que ficariam distantes dele, assim ele lhes disse  que o lugar mais seguro para eles, era: tomar posse da “graça de Deus“, pois somente ela, a graça divina, os livraria de todo e  qualquer mal. 

É uma triste falha, quando a graça divina se expressa em nosso  favor, e, nós simplesmente, dizemos aos outros, descuidadamente:  “eu estava muito mal, mas por um acaso, algo que desconheço ocorreu comigo, e agora sinto-me curado!”, mas, pela manhã alguém  orou com ele, a seu pedido. Lembremos, também, que um pecado  que fazemos pode nos levar a perder a graça divina; esse fato pode,  até, nos tornar alienados do nosso Deus. Distantes de Deus seremos  expostos às mais diversas tentações malignas. 

Saibamos que a força operacional da graça divina é, também,  revelada na Bíblia, sobre a vida de muitos obreiros do Senhor. A  graça divina sempre foi, e ainda é hoje o poder que capacita os  homens e mulheres que Deus chamou no passado, e chama hoje, para fazerem a obra missionária, em diferentes lugares. E também é  o poder que está à nossa disposição para empreendermos a missão  que Deus quer que façamos hoje, em qualquer lugar em que estivermos, mas, primeiramente, façamos em nossa casa! Com a nossa família! 

Em nossos relacionamentos com Deus, à medida   em que caminhamos com Ele cada dia, nós nos depararemos com situações  que buscam nos soterrar. Nesses momentos precisamos expressar a  nossa confiança através da nossa irrestrita fé e obediência a Deus. A  resposta à nossa fé, irá se expressar na graça abundante que nos  levará a contínuas vitórias, em todas as situações em que nós nos  encontrarmos. Quão feliz seríamos se todos nós pudéssemos aplicar  em nosso viver, o que João Batista declarou sobre a Pessoa de Jesus:  “Este é o de quem eu disse: o que vem depois de mim, contudo, tem a  primazia. Porquanto já existia antes de mim. Porque todos nós temos  recebido da sua plenitude e graça sobre graça. Porque a lei nos foi  dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio  de Jesus Cristo” (João 1.16,17). Neste texto a expressão “graça sobre  graça”, é a abundância do favor divino a nós, que nós é oferecido, e que dele todos nós necessitamos em plenitude, ou seja: elas vem à  nós como que acumuladas umas sobre as outras, fruto do amor  insondável que Deus tem por nós!

Finalmente afirmamos: Se todos nós estivermos sempre sob a  graça Divina, jamais seremos preza do inimigo! E não esqueçamos a  Palavra do Apóstolo que nos diz: “Deus pode fazer-vos abundar em  toda a graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla  suficiência,e superabundeis de toda boa obra” (II Coríntios 9.8). Com  essa referência nós andaremos no caminho da santidade! Não  esqueçamos que a graça divina, é o poder de Deus operando em  nossa vida. Amém. 

*** Certamente após essa palavra, todos nós, podemos fazer juntos a seguinte afirmação: 

HOJE EU ME DECIDO A BUSCAR E RECEBER, A  ABUNDANTE GRAÇA DE DEUS, COM A QUAL ELE ME CAPACITARÁ A  RESOLVER TODOS OS PROBLEMAS QUE POSSAM VIR À MINHA VIDA,  E ENSINAR OUTROS A DEPENDEREM DESSA BENDITA E DIVINA  GRAÇA. Amém. Fiquemos todos de pé, e repitamos esse  compromisso.

 

Escrito por: Erasmo Ungaretti – Janeiro de 1976

Pastor na comunidade de discípulos em Porto Alegre.

O texto acima expressa a visão do autor sobre o assunto, não sendo necessariamente a visão do site.

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