Discipulado e relacionamento

Para um discipulado eficiente, temos a necessidade de relacionamentos. Precisamos frequentar as casas uns dos outros, conviver com maior proximidade e ensinar pelo exemplo. Isso passa pela inclusão de tempo de qualidade em relacionamentos. É um vínculo forte, pessoal e intenso entre o discípulo e aquele que o acompanha.

Jesus se relacionou com os discípulos

Jesus chamou os discípulos para acompanharem o cotidiano dele. Não ouviram apenas seus sermões: eles o viram e suas mãos o tocaram.

1 João 1:1-3

O que era desde o princípio, o que temos ouvido, o que temos visto com os nossos próprios olhos, o que contemplamos, e as nossas mãos apalparam, com respeito ao Verbo da vida (e a vida se manifestou, e nós a temos visto, e dela damos testemunho, e vo-la anunciamos, a vida eterna, a qual estava com o Pai e nos foi manifestada), […]

João 1:38-39 (NAA)

E Jesus, voltando-se e vendo que o seguiam, disse-lhes: O que vocês estão procurando? Eles disseram: Rabi, onde o senhor mora? (“Rabi” quer dizer “Mestre”.)  Jesus respondeu: Venham ver! Então eles foram, viram onde Jesus estava morando e ficaram com ele aquele dia. Eram mais ou menos quatro horas da tarde.

Marcos 3:13-14 (NAA)

Depois, Jesus subiu ao monte e chamou os que ele quis, e vieram para junto dele. Então designou doze, aos quais chamou de apóstolos, para estarem com ele e para os enviar a pregar […]

 

Jesus não ensinava apenas com palavras, mas com seu exemplo, – “Vinde e vede”.  Ele o fazia onde quer que estivessem. Jesus “designou doze para estarem com Ele”. Eles viram Jesus fazendo tudo: evangelizando, ensinando, reunindo multidões, curando, expelindo demônios, visitando, orando, chorando, comendo, andando, dormindo.

Por isso, dizemos que discipulado é mais que reunião, é relacionamento. Como um discipulador ensina? Em todo tempo, em todo lugar, com sua vida e com a Palavra. E, como um discípulo aprende? Vendo, ouvindo e perguntando.

Devemos estar juntos para orar, sair para evangelizar, estudar a Palavra, visitar pessoas que estão sendo evangelizadas, tomar refeições juntos, lazer, jogos, viagens, churrascos, compras, consertos da casa, distribuir sopa para moradores de rua, servir aos necessitados, fazer o bem, enfim, o máximo de atividades que conseguirmos fazer juntos. Isto solidificará o vínculo com o discípulo e acelerará a formação do serviço dele.

Dizemos, então, que no relacionamento de discipulado deve haver os encontros formais (programados) e os encontros informais (não programados).

Os encontros formais (programados) garantirão a continuidade do ensino de formação e catequese na vida do discípulo. Porque, na vida moderna, se não há um compromisso programado que garanta um mínimo de relacionamento, pode ocorrer inconstância e debilidade na formação do discípulo.

 

O relacionamento dos irmãos de Jerusalém

Atos 2:42-47 (NAA)

E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por meio dos apóstolos. Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, o Senhor lhes acrescentava, dia a dia, os que iam sendo salvos.

Necessitamos vencer as dificuldades da vida moderna e buscar crescer no relacionamento com os discípulos. Abrir nossas casas e criar o máximo de oportunidades para estarmos juntos. Quanto mais tempo investirmos nesse relacionamento, mais eficaz será o discipulado.

Jesus amou os discípulos

João 13:1 (NTLH)

Faltava somente um dia para a Festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a hora de deixar este mundo e ir para o Pai. Ele sempre havia amado os seus que estavam neste mundo e os amou até o fim.

Jesus não trouxe uma técnica de como discipular. Ele amou as pessoas que Deus lhe deu. Não podemos dissociar o discipulado do amor. Este deve permear todas as ações nos relacionamentos. Sem ele, não teremos o êxito de Jesus.

Trecho do 4 capítulo do livro Discipulado: Um guia prático.

Escrito por: Samuel Farias
Samuel é Pastor, Palestrante, Professor de biologia e desenvolve trabalho de suporte missionário na África e Haiti.

 

O texto acima expressa a visão do autor sobre o assunto, não sendo necessariamente a visão do site.

Mais recentes

Ver todos

Mais acessados

Ver todos

Publicidade