Serviço e o discipulado

Marcos 10:42-45  

Mas Jesus, chamando-os para junto de si, disse-lhes: Sabeis que os que são considerados governadores dos  povos têm-nos sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós não é assim;  pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro  entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a  sua vida em resgate por muitos.

 

O modelo de autoridade deste mundo está totalmente corrompido. Os homens desejam ser investidos  de autoridade em busca de honra, glória e privilégios. Exercem sua autoridade em benefício próprio,  dominando, oprimindo e prejudicando aqueles que lhes estão sujeitos. Por isso, normalmente, os  subordinados obedecem somente às vistas e aborrecem e maldizem o seu superior em seu coração.  

No militarismo, as autoridades são impostas pela hierarquia. Alguns líderes são queridos e admirados  por seu carisma, exemplo, coragem e bravura. Outros, todavia, são autoritários e abusivos. A obediência  dos subalternos é relativa: enquanto uns obedecem por reconhecimento e admiração ao sistema como um  todo, para outros, pode ser apenas exterior. Por fora, dizem: “Sim, senhor!”; mas, por dentro, estão  praguejando contra a autoridade. Esse é um exercício de autoridade cruel e rude e nada tem a ver com o  gracioso modelo de autoridade no Reino de Deus.  

Jesus, autoridade máxima na igreja, aquele que tem todo poder e autoridade nos céus e na terra, é o  nosso modelo no exercício de autoridade.  

João 13:12-15  

Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos  fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre,  vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como  eu vos fiz, façais vós também. 

Neste incrível episódio, Jesus deixa registrada a característica que deve ser marcante naquele que  exerce autoridade em seu Reino: serviço. A autoridade no reino de Deus é para servir.  

No relacionamento com os discípulos, devemos aproveitar todas as oportunidades para servi-los:  visitá-los, acudi-los nas necessidades, recebê-los em nossas casas. Precisamos servi-los com nossas  capacidades físicas, materiais, emocionais e espirituais.  

O termo diakonia no grego clássico tinha o sentido primitivo de servir as mesas (como o trabalho de  um garçom), depois o termo foi expandido para o serviço em geral. Para os gregos antigos o serviço  (diakonia) era algo humilhante, pouco honrado. A escravidão era o modo como os gregos “terceirizavam” o  serviço para se dedicarem ao que eles consideravam atividades mais nobres.  

O termo diácono em português vem do grego e refere-se a um dos ofícios da igreja, que juntamente  com os presbíteros são os que cooperam na supervisão e no serviço aos irmãos. No Novo Testamento  grego, este tema está relacionado a um número mais abrangente de palavras, ações e designações.  

No textos abaixo, o próprio Jesus é colocado como “diakonos” ou “doulos”. O que nos mostra a  verdadeira natureza de sua missão e ressignifica os princípios do Reino de Deus face aos valores deste  mundo em que vivemos. 

MATEUS 20:25-28  

Então, Jesus, chamando-os, disse: Sabeis que os governadores dos povos os dominam e que os maiorais  exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós,  será esse o que vos sirva (diakonos); e quem quiser ser o primeiro entre vós será vosso servo (doulos); tal como  o Filho do Homem, que não veio para ser servido (diakoneo), mas para servir (diakoneo) e dar a sua vida em  resgate por muitos.  

Filipenses 2:5-7  

Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, 6 pois ele, subsistindo em forma de  Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; 7 antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de  servo (doulos), tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana. 

Trecho do 7 capítulo do livro Discipulado: Um guia prático.

Escrito por: Samuel Farias
Samuel é Pastor, Palestrante, Professor de biologia e desenvolve trabalho de suporte missionário na África e Haiti.

O texto acima expressa a visão do autor sobre o assunto, não sendo necessariamente a visão do site.

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